Beato Fra Angelico
Neste programa conheceremos a vida do Beato Fra Angelico, um dos maiores pintores sacros da história.
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Neste programa conheceremos a vida do Beato Fra Angelico, um dos maiores pintores sacros da história.
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Era o dia 14 de maio de 1944. A Europa estava em plena guerra e a Itália, aliada da Alemanha, sofria as consequências do seu envolvimento no conflito. Pádua tinha sido escolhida como alvo da aviação inimiga. As bombas choviam, devastando a cidade. A igreja dos capuchinhos foi duramente atingida, bem como grande parte do convento.
Cessada a tempestade, quando a fumaça se dissipou, o trágico alcance da destruição apareceu aos olhos de todos. Algo, porém, chamava enormemente a atenção: uma pequena parcela daquele mosteiro permanecia intacta no meio das ruínas. A fúria demolidora do bombardeio respeitara de modo miraculoso apenas um aposento e uma imagem de Nossa Senhora das Graças.
Doze anos antes - em 23 de março de 1932 -, um frade desse mesmo mosteiro, chamado Frei Leopoldo, predissera que a Itália seria envolvida num mar de fogo e sangue. Iniciada a guerra, perguntaram- lhe se Pádua seria bombardeada. Sua
São Leopoldo Mandic em 1917 |
resposta foi clara: "Será, e duramente. Também o convento e a igreja serão atingidos, mas esta pequena cela, não, esta não! Aqui Deus usou de tanta misericórdia para com as almas, que deve ficar como monumento de Sua bondade!".1
E o lugar que permaneceu intacto durante o bombardeio foi precisamente a cela-confessionário de frei Leopoldo Mandi?, onde durante quase quarenta anos, de dez a doze horas por dia, ele ouviu em confissão milhares e milhares de almas arrependidas.
Dalmácia: terra de tradições cristãs
Tal como São Jerônimo, frei Leopoldo era dálmata. Nasceu em 12 de maio de 1866, na pequena cidade de Castelnovo, localizada na belíssima Baía de Cátaro. Embora a região da Dalmácia integre em nossa época o território croata, não se desvinculou, nos panoramas da História, dos dias em que abrigara os palácios de férias dos imperadores romanos, atraídos pelos irresistíveis encantos de sua costa. Com efeito, desde aqueles remotos tempos até os dias de hoje, a proximidade com a Península Itálica propiciou um intercâmbio cultural ininterrupto.
Por tais influências, a família de Frei Leopoldo era profundamente católica. Os pais, Pedro Mandic e Carolina Zarevic, descendiam da antiga nobreza local, e cultivavam tradições legadas por seus maiores, fruto de um passado rico em serviços prestados à nação e à Igreja. Isso marcou indelevelmente a alma do futuro sacerdote.
Dos doze filhos do casal, ele era o mais jovem e, também, o menos robusto. Sua compleição, menos avantajada que a da média de seus conterrâneos, escondia entretanto uma alma de gigante, daquela sorte de homens que, quanto mais se conhece, maiores parecem ser, sobretudo pela união e entrega a Deus, fazendo jus ao nome recebido na pia batismal: Bogdan, que significa Adeodato, "dado a Deus".
"Não posso chorar; vou para a casa do Senhor"
Sua infância e adolescência foram assinaladas por admirável clarividência de espírito, a qual só podemos explicar pelo vigor da Fé que ele possuía desde tenra idade.
Menino de agudo senso analítico, sentiu-se chocado ante os embates surgidos do ódio entre raças e religiões, ocasionados na Croácia por anos consecutivos de guerra e ocupações estrangeiras. À medida que passava o tempo, o jovem Bogdan penetrava na raiz daquelas discórdias, compreendendo como os homens, quando se afastam de Deus, acabam por se render às suas más inclinações. Discernia também, com toda clareza, o quanto podia a Igreja Católica ser naquela conjuntura um poderoso instrumento de paz.
As primeiras decisões por ele tomadas na vida foram coerentes com a luz interior que Deus lhe havia concedido. Sem titubear, abraçou a vocação franciscana, em seu ramo capuchinho, aos 16 anos de idade. Alimentava desde o início o veemente desejo de dedicar-se às missões nos Bálcãs, para trazer de volta ao seio da Igreja aqueles que dela se haviam separado.
Designado pelos superiores para realizar o noviciado na Itália, não podia ocultar seu contentamento aos parentes quando, em prantos, dele vieram se despedir. Indagado sobre sua isenção de ânimo num momento tão difícil para a maioria dos vocacionados, respondeu sorrindo: "Não posso chorar. Vou para a casa do Senhor. Como querem que eu chore?".2
Deus o chama a ser missionário
Os meses de inverno se aproximavam no seminário capuchinho de Údine, quando chegou Bogdan, em novembro de 1882. Ali, o noviço aplicou-se aos estudos e fez rápidos progressos, mas, sobretudo, dava bons exemplos.
Em 1884, foi transferido para Bassano del Grappa, onde recebeu o hábito da ordem, com o nome de Frei Leopoldo. Sofreu muito devido à sua débil compleição física e ao rigor do noviciado dos capuchinhos, mas tudo enfrentou com heroísmo, tendo a alma sempre posta no ideal das missões. Professou no ano seguinte e retomou os estudos em Pádua, onde fez Filosofia; depois iria para Veneza, cursar Teologia.
Em junho de 1887, quando ainda era estudante em Pádua, ouviu claramente no fundo da alma a voz de Nosso Senhor que o convidava a ser missionário entre os ortodoxos para reconduzi-los ao seio da Santa Igreja. A data ficou-lhe tão marcada que, meio século depois, escrevia: "Este ano é o quinquagésimo aniversário de quando, pela primeira vez, ouvi a voz de Deus que me chamava para rezar e promover o retorno dos dissidentes orientais à unidade católica".3
Para melhor compenetrar-se dessa missão, obrigou-se por voto a cumpri-la. Estudava com afinco as línguas balcânicas e confiava em converter aqueles povos, sobretudo por meio da devoção a Nossa Senhora, que pretendia difundir pela palavra escrita e falada.
Tão logo recebeu a ordenação sacerdotal, em 20 de setembro de 1890, em Veneza, pediu autorização para partir e lançar-se na missão. Mas esta lhe foi negada, devido a seu precário estado de saúde.
Inesperada terra de missão e campo de batalha
Deus tem misteriosos desígnios a respeito de seus santos! Frei Leopoldo nunca pôde viajar para os Bálcãs, como tanto havia desejado. Os verdadeiros contornos de sua missão eram outros e foram se delineando pouco a pouco ante seus olhos: a Providência queria que ele se sacrificasse por aquele povo separado da Igreja, sofrendo, como vítima expiatória, um martírio interior.
O confessionário foi o principal instrumento para a realização de tal oferecimento: nele permanecia todos os dias mais de dez horas, às vezes doze, atendendo almas às quais consolava, orientava e ministrava o Sacramento da Reconciliação. Jamais deixou de mostrar-se solícito com quem o procurava, mesmo quando se tratava de pessoas impertinentes ou quando o horário já era tardio. O pequeno espaço de sua cela-confessionário transformou-se para ele num verdadeiro campo de batalha. Dizia com frequência: "Devo fazer tudo só para o bem das almas, tudo, tudo mesmo! Quero e devo morrer lutando".4
Só no fim da vida, Frei Leopoldo iria revelar a um irmão leigo capuchinho um esclarecedor fato ocorrido no início de sua vocação. Certo dia, após ministrar a Sagrada Comunhão a uma pessoa piedosa, esta lhe confidenciou: "Padre, Jesus me mandou dizer-lhe que cada alma que o senhor assiste aqui em confissão é o seu Oriente".5
Ele nunca pôde ser missionário nos Bálcãs, mas exerceu uma profícua atividade apostólica sem jamais perder de vista esse grande horizonte. Em setembro de 1914, deixou escrito este testemunho: "O fim de minha vida deve ser procurar o retorno dos dissidentes orientais à unidade católica, isto é, devo dirigir todas as ações de minha vida diante de Deus, na fé e na caridade de Nosso Senhor, vítima propiciatória pelos pecados do mundo, de modo que, no que toca à minha insignificância, minha vida
Em 1963, o corpo incorrupto de Frei Leopoldo foi trasladado para uma capelinha construída ao lado de sua cela-confessionário |
dê alguma coisa a tamanha obra, pelo mérito do sacrifício".6
Dons de exímio confessor
Franzino, de pequena estatura, voz fraca, Frei Leopoldo nada aparentava, do ponto de vista natural, que pudesse atrair as pessoas. Entretanto, suas palavras simples, embebidas de amor a Deus e ao próximo, penetravam profundamente nos corações e os transformavam.
Possuía em tão alto grau o dom da sabedoria e do conselho que pessoas de todas as classes sociais vinham pedir sua sábia orientação. Inclusive altos dignitários eclesiásticos o consultavam sobre intricados problemas de suas dioceses ou funções.
Recebeu de Deus também o dom de perscrutar os corações e disto nos dá testemunho, por exemplo, o Sr. José Bolzonella, de Pádua, o qual frequentemente acorria a Frei Leopoldo para receber o Sacramento da Reconciliação. Numa manhã, quando ele se ajoelhou no confessionário, o capuchinho narrou-lhe, em pormenores, tudo quanto ele havia feito. Vendo seu penitente profundamente impressionado, o padre concluiu, fitando-o com amabilidade: "Fique tranquilo! Fique tranquilo e não pense mais nisso".7
O santo confessor demonstrava particular zelo em reconduzir ao bom caminho os penitentes que se acusavam de faltas contra a pureza, de modo superficial e sem manifestar arrependimento sério, sobretudo quando se tratava de atos públicos. Reagia com severidade, objetivando movê-los à contrição e acordá-los do seu letargo. Esse gênero de pecados causava-lhe um verdadeiro horror, pois ele era de uma castidade ilibada. Chegou a dizer, em sua velhice, que sentia ter ainda uma alma de criança, dando a entender que conservara intacta a inocência batismal.
Seu trato com as almas vinha marcado por uma extrema bondade. E se alguém manifestasse estranheza diante de tanta afabilidade, sempre apontava para o Crucifixo, dizendo ter sido Jesus quem lhe havia ensinado e dado o exemplo.
Pouco antes de morrer, declarou que confessava há mais de 50 anos e não sentia remorso por ter quase sempre absolvido o penitente, mas sim pesar pelas poucas ocasiões nas quais não pudera fazê-lo; e examinava-se rigorosamente para saber se, nesses casos, havia feito tudo quanto estava a seu alcance para que aquelas almas fossem tocadas pela graça do arrependimento.
Contudo, quando necessário, sabia manifestar uma fortaleza capaz de vencer os corações mais duros. Certo dia, apresentou-se diante dele um pecador inveterado, alegando falsas teorias para legitimar seus erros. Frei Leopoldo, com grande caridade, procurou dissuadi-lo de sua má atitude. Mas quando percebeu que todos os argumentos eram inúteis, levantou-se com o rosto inflamado de santa indignação e apontou-lhe a porta, dizendo em tom severo: "Olhe, com Deus não se brinca; vá e morrerá no seu pecado!".8 Como que atingido por um raio, o pecador caiu de joelhos aos seus pés e, debulhado
Cela-confessionário onde frei Leopoldo ouviu em confissão milhares e milhares de almas |
em lágrimas, pediu perdão, prometendo renunciar totalmente aos seus falsos princípios. O santo sacerdote abraçou-o, misturando suas lágrimas às dele, e emocionado por ver a ação da graça, disse-lhe: "Agora somos irmãos!".
Pediu a graça de morrer combatendo
O amor enlevado à Cruz marcou a vida de Frei Leopoldo. Além do heroico empenho no atendimento diário das confissões, vivia em constante luta contra seu temperamento forte e impetuoso. Também não lhe faltaram sofrimentos físicos: dores gástricas, oftalmias, artrite deformante. Depois da celebração do seu jubileu de ouro sacerdotal, em 1940, seu estado de saúde piorou muito. Uma breve melhoria permitiu-lhe voltar ao "campo de batalha", mas pouco depois foi-lhe diagnosticada a doença que o levaria à morte: um tumor maligno no esôfago. A enfermidade progrediu a ponto de não lhe ser possível deglutir alimento algum, com exceção das Sagradas Espécies, graça singular que lhe causava imensa alegria.
Vendo aproximar-se a hora final, Frei Leopoldo pediu a graça de morrer combatendo, e a obteve. No dia 30 de julho de 1942, levantou-se às cinco e meia da manhã e dirigiu-se à capela da enfermaria. Na véspera, apesar do seu estado precário, tinha atendido várias confissões. Após uma hora de orações, caminhava rumo à sacristia a fim de preparar-se para celebrar a Santa Missa, quando subitamente caiu ao solo. Levado para o leito, recebeu a Unção dos Enfermos, ainda com inteira lucidez. O superior do convento recitou três vezes a Ave Maria e depois a Salve Rainha. O santo frade repetia as palavras, com voz cada vez mais fraca. Quando terminou de dizer: "Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria", sua alma voou para o Céu.
O bom pastor oferece a vida por suas ovelhas
A notícia do falecimento se espalhou rapidamente pela cidade e aldeias vizinhas. Multidões desfilaram diante de seu corpo e um clamor popular dizia a uma só voz: "Morreu um santo!".9 No dia seguinte, um imenso cortejo triunfal o conduziu ao cemitério, entre alas de pessoas que permaneciam ajoelhadas e lançavam flores sobre o féretro.
Em 1963, o corpo incorrupto de Frei Leopoldo foi trasladado para uma capelinha construída ao lado de sua cela-confessionário. O Papa Paulo VI o proclamou bem-aventurado em 1976, e João Paulo II o canonizou em 1983, quando se realizava o Sínodo Mundial dos Bispos, convocado para tratar do Sacramento da Penitência; precisamente o Sacramento que o santo capuchinho tanto amou.
As palavras do Papa, nessa ocasião, foram muito significativas e resumem a vida de virtude heroica de São Leopoldo: "Para todos aqueles que o conheceram, ele não foi mais que um pobre frade, pequeno e doentio. A sua grandeza está em outra parte: em oferecer-se como sacrifício, em doar-se, dia após dia, por todo o tempo da sua vida sacerdotal, ou seja, por 52 anos, no silêncio, na discrição, na humildade de uma pequena cela-confessionário: ‘O bom pastor oferece sua vida pelas ovelhas'".
Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa
Maria Santíssima é verdadeiramente Mãe de uma bondade incomensurável. Seu desvelo para conosco excede a todo amor conhecido, pois não apenas é generoso, terno, envolvente e até heróico, mas parece ultrapassar todos os limites.
Mesmo quando em Fátima se referiu às punições reservadas para o mundo impenitente, a Mãe de Deus revestiu suas admoestações de profunda tristeza, demonstrando também, por seu modo de se expressar, uma grande pena dos “pobres pecadores”.
Apesar do anúncio da salutar punição, Nossa Senhora encontra-se pronta a nos obter de seu Divino Filho o perdão. A condição é que utilizemos os meios por Ela indicados: o aumento na devoção a Ela, a oração e a penitência.
Não há por que estranhar o caráter condicional dessa promessa de perdão, vinda de Mãe tão bondosa e misericordiosa. Pois, uma vez que alguém está ameaçado de castigo por causa de seus pecados, o modo de ser poupado é deixar de cometê-los.
A devoção ao Imaculado Coração de Maria
Para salvar as almas “dos pobres pecadores, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração” – dizia a Santíssima Virgem na aparição de 13 de julho de 1917, ao tratar do cerne de sua mensagem. Porém, não foi esta a única ocasião em que Nossa Senhora se referiu à importância dessa devoção. Mencionou-a diversas outras vezes nas suas mensagens, e tal insistência não pode deixar de ser seriamente considerada.
Quem se tomar de verdadeiro e sincero amor por essa boa Mãe, puríssima e inigualável, e pôr em prática a devoção ao seu Imaculado Coração, será favorecido por seu contínuo amparo. Por maiores que tenham sido os pecados cometidos, Nossa Senhora intercederá pelo fiel devoto junto a seu Divino Filho, obtendo-lhe todas as graças de emenda de vida e perseverança no bom caminho.
A devoção ao Imaculado Coração de Maria é, portanto, um dos principais remédios para a ruína contemporânea.
A comunhão reparadora
Nossa Senhora ofereceu-nos, por meio da Irmã Lúcia, um dom de valor inestimável: “Eu prometo assisti-los na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas”. Para receber esse benefício, basta ao fiel fazer a comunhão reparadora dos primeiros sábados de cinco meses seguidos, além de se confessar, rezar o terço e fazer quinze minutos de meditação sobre os Mistérios do Rosário. Essa comunhão deve ser oferecida em desagravo à Santíssima Virgem e a seu Divino Filho, pelos pecados e ofensas contra Eles cometidos.
Como fazer a comunhão reparadora dos cinco primeiros sábados
Com efeito, na terceira aparição, em 13 de julho, Nossa Senhora prometera: “Virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados”. Tal vinda ainda não se dera.
No dia 10 de dezembro de 1925, porém, conforme relata a Irmã Lúcia (falando de si mesma na terceira pessoa), “apareceu-lhe a Santíssima Virgem, e, ao lado, suspenso em uma nuvem luminosa, um Menino. A Santíssima Virgem, pondo-lhe no ombro a mão, mostrou-lhe um Coração que tinha na outra mão, cercado de espinhos. Ao mesmo tempo, disse o Menino: ‘Tem pena do Coração de tua Santíssima Mãe, que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam, sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar’.
Em seguida, disse a Santíssima Virgem: ‘Olha, minha filha, o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo momento Me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar, e dize que todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem quinze minutos de companhia meditando nos quinze mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assisti-los na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas’. Ela Lhe disse que a Madre Superiora stava disposta a propagá-la, mas que o confessor tinha dito que esta última, sozinha, nada podia. “Jesus respondeu: ‘É verdade que a tua Superiora, só, nada pode; mas, com a minha graça, pode tudo’.
No dia 15 de fevereiro de 1926, apareceu-lhe de novo o Menino Jesus. Perguntou-lhe se já tinha espalhado a devoção à sua Santíssima Mãe”.
Apresentou a dificuldade que algumas almas tinham de se confessarem no sábado, e pediu para ser válida a confissão de oito dias. Jesus respondeu: ‘Sim, pode ser de muitos mais [dias] ainda, contanto que, quando Me receberem, estejam em graça e tenham a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria’.
Ela perguntou: ‘Meu Jesus! [e] as que se esquecerem de formar essa intenção?’ Jesus respondeu: ‘Podem formá-la na outra confissão seguinte, aproveitando a primeira ocasião que tiverem de se confessar’.”
Quatro anos depois, na madrugada de 29 para 30 de maio de 1930, Nosso Senhor revelou interiormente à Irmã Lúcia outro pormenor a respeito das comunhões reparadoras dos cinco primeiros sábados:
“‘E quem não puder cumprir com todas as condições no sábado, não satisfará com os domingos?’, [perguntei]. [Jesus respondeu]: ‘Será igualmente aceita a prática desta devoção no domingo seguinte ao primeiro sábado, quando os meus Sacerdotes, por justos motivos, assim o concederem às almas’.”
Após cada campanha de ataques contra ela, a Igreja sempre aparece mais forte e esplendorosa do que antes
Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP
A saraivada de notícias que, nas últimas semanas, tenta macular a Igreja Católica, tomando por motivo abusos de crianças cometidos por parte de sacerdotes católicos, atinge um clímax inacreditável.
Decididos a não deixar morrer a fogueira que acenderam, vários órgãos de comunicação social têm se dedicado a investigar o passado, à procura de novas alegações que envolvam o Vigário de Cristo na Terra, o Papa Bento XVI, no que, aliás, têm falhado rotundamente.
Que haja padres despreparados e indignos, ninguém o pode negar; que abusos horríveis foram cometidos, e certamente até em número superior ao registrado, é preciso reconhecer. Mas utilizar falhas gravíssimas, mas circunstanciais, relativas a uma minoria de clérigos, para enxovalhar toda a classe sacerdotal é uma injustiça. E usar isso como pretexto para tentar derrubar a Igreja é diabólico.
Aliás, quanto mais o espírito libertário, relativista e neopagão de nossa época se infiltra na Igreja, tanto mais é de temer que aconteçam crimes de pedofilia. Daí mesmo a necessidade de implantar nos seminários um sistema rigoroso de seleção, de modo a só admitir como candidato ao sacerdócio quem não tenha a propensão de pactuar com o mundo, mas queira ensinar a prática da doutrina católica em toda a sua pureza e dar o exemplo.
A atual campanha publicitária contra a Igreja faz-nos esquecer uma verdade da qual a história nos dá um inequívoco testemunho: foi a Igreja Católica que livrou o mundo da imoralidade, e é porque está rejeitando a Igreja que o mundo tem afundado novamente no lodo do qual foi resgatado.
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Envolta numa luminosa nuvem, a imagem da Mãe do Bom Conselho translada-se da Albânia para a cidade de Genazzano (Itália), dando início a um ininterrupto desfilar de milagres e graças. Nas longínquas terras da Albânia, para além do Mar Adriático, encontra-se a pequenina cidade de Scútari. Edificada em um a colina escarpada e tendo a seus pés os rios Drina e Bojana, ela continha em seus domínios, já no século XIII, um precioso tesouro : a bela imagem de "Santa Maria de Scútari". O Santuário que a abrigava se transformara no centro de peregrinação mais concorrido do país, e era para os albaneses um importante ponto de referência em matéria de graças e conforto espiritual. Trata-se de uma pintura sobre fina camada de reboco, medindo 31 cm de largura por 42,5 cm de altura. Esse sagrado afresco está envolto numa penumbra de mistério e milagre: ignora-se quando e por quem foi pintado. Intimidade e união de alma Detenhamo-nos um pouco na contemplação desta maravilhosa pintura. Ela representa a Santíssima Virgem com inefável afeto materno, amparando em seus braços o Menino Jesus, ambos encimados por um singelo arco-íris. As cores são suaves, e finos os traços dos admiráveis semblantes. O Menino Jesus transmite a candura de uma criança e a sabedoria de quem analisa toda a obra da criação e é o Senhor do passado, do presente e do futuro. Com indizível carinho, o Divino Infante pressiona levemente sua face contra a de sua Mãe. Há entre eles uma atraente intimidade, e a união de almas bem se vê refletida na troca de olhares. Nossa Senhora, em altíssimo ato de adoração, parece estar procurando adivinhar o que se passa no interior do Filho. Ao mesmo tempo, Ela considera o fiel aflito ajoelhado a seus pés, e de algum modo o faz partícipe do celestial convívio que contemplamos neste quadro. Não será preciso dizer, basta o devoto necessitado acercar-se d'Ela para sentir operar-se em sua alma uma ação balsâmica. Scanderbeg, varão Providencial Em meados do século XIV, a Albânia passava por grandes aflições. Após ser disputada durante séculos pelos povos vizinhos, ela estava então sendo invadida pelo poderoso império turco. Não dispondo de estrutura militar capaz de resistir ao poderoso adversário, o povo aflito rezava, confiando no auxílio dos céus. O efeito dessas orações não se fez esperar: nessa emergência, surgiu um varão de Deus, de nobre linhagem e devotíssimo de Nossa Senhora, decidido a lutar pela Padroeira e pela liberdade de seu país. Seu nome é Jorge Castriota, chamado em albanês de Scanderbeg. À custa de imensos esforços bélicos, conseguiu ele manter a unidade e a Fé de seu povo. As crônicas da época exaltam as façanhas realizadas por ele e pelos valorosos albaneses que, estimulados por seu ardor, lutavam a seu lado. Nos intervalos dos combates, eles ajoelhavam-se suplicantes aos pés de "Santa Maria de Scútari", de onde saíam fortalecidos e obtinham portentosas e decisivas vitórias contra o inimigo da Fé. Aí já reluzia uma característica d'Aquela que futuramente seria conhecida em todo o mundo como a Mãe do Bom Conselho: fortalecer todos quantos, combatendo o bom combate, d'Ela se aproximam buscando alento e coragem. Entretanto... após 23 anos de lutas, Scanderbeg é levado desta vida. A falta daquele piedoso líder era irreparável. Todos pressentiam estar próxima a derrota. O povo encontrava-se na trágica alternativa de abandonar a pátria ou sujeitar-se à escravidão aos turcos. Envolta em luminosa nuvem Nessa perplexitante situação, a Virgem do afresco aparece em sonhos a dois dos valentes soldados de Scanderbeg, chamados Georgis e De Sclavis, ordenando-lhes que A seguissem em uma longa viagem. Ela lhes inspirava uma grande confiança, e estar ajoelhados a seus pés era para eles motivo de grande consolação. Certa manhã, lá estando ambos em fervorosa oração, vêem o maior milagre de suas vidas. O maravilhoso afresco se desprende da parede e, conduzido por anjos, envolto em alva e luminosa nuvem, suavemente vai se retirando do recinto. Bem podemos imaginar a reação dos bons homens! Atônitos, acompanham Nossa Senhora que avança pelos céus de Scútari. Quando se dão conta, estão às margens do Mar Adriático. Haviam percorrido trinta quilômetros sem senti r cansaço! Sempre envolta na alva nuvem, a milagrosa imagem avança mar adentro. Perplexos, Georgis e De Sclavis não querem deixá-la por nada. Verificam, então, estupefatos e eufóricos, que sob seus pés as águas se transformam em sólidos diamantes, voltando ao estado líquido após sua passagem. Que milagre! Tal como São Pedr o sobre o lago de Genezaré, estes dois homens caminham sobre o Mar Adriático, guiados pela própria "Estrela do Mar". Sem saber dizer durante quanto tempo andaram, nem quantos quilômetros deixaram para trás, os bons devotos vêem novas praias. Estavam na Península Itálica! E por sinal... onde está a Santa Maria de Scútari? Olham para um lado... olham para outro. Escutam falar outro idioma, sentem um ambiente tão diferente da sua Albânia... Mas já não vêem a Senhora da luminosa nuvem. Desaparecera... Que provação! Começam então, uma busca infatigável. Onde estará Ela? Petruccia, uma mulher de Fé Nessa mesma época, na pequena cidade de Genazzano, não longe de Roma, vivia uma piedosa viúva chamada Petruccia de Nocera, já octogenária. Senhora de muita retidão e sólida vida interior, digna terciária da ordem agostiniana, sua herança lhe bastava apenas para viver modicamente. Era Petruccia muito devota da Mãe do Bom Conselho, venerada numa velha igreja de Genazzano. Esta piedosa senhora recebeu do Espírito Santo a seguinte revelação: "Maria Santíssima, em sua imagem de Scútari, deseja sair da Albânia". Muito surpresa com essa comunicação sobrenatural, Petruccia assombrou-se mais ainda ao receber da própria Santíssima Virgem expressa ordem de edificar o templo que deveria acolher o seu afresco, bem como a promessa de ser socorrida em tempo oportuno . Começou, então, Petruccia, a reconstrução da pequena igreja. Empregou todos os seus recursos... os quais acabaram quando as paredes tinham apenas um metro de altura. E ela tornou-se alvo das zombarias e sarcasmos dos céticos habitantes da pequena cidade, que chamavam -na de louca, visionária, imprudente e antiquada. Passou confiante por esta provação, tal como Noé, de quem todos mofavam enquanto ele construía a arca. "Um milagre! Um milagre!" Era o dia 25 de abril de 1467, festa de São Marcos, padroeiro de Genazzano. Às duas horas da tarde, Petruccia se dirige à igreja, passando pela movimentada feira na qual os vendedores ofereciam desde tecidos trazidos de Gênova e Veneza até um elixir da eterna juventude ou um "poderosíssimo" licor contra qualquer tipo de febre. Em meio a este burburinho, o povo ouve uma melodia de rara beleza, vinda do céu. Faz-se silêncio e todos notam que aquela música provinha de uma nuvenzinha branca, tão luminosa que ofuscava os raios do próprio sol. Ela desce gradativamente e se dirige para a parede inacabada de uma capela lateral. A multidão acorre estupefata, enche o pequeno recinto e vê a nuvem desfazer-se. Ali estava - suspenso no ar, sem nenhum suporte visível - o sagrado afresco, a Senhora do Bom Conselho! "Um milagre! Um milagre!" - gritam todos. Que alegria para Petruccia, quanto consolo para Georgis e De Sclavis quando lá puderam chegar!... Estava confirmado o superior desígnio da construção iniciada. Teve início, assim, em Genazzano um longo e ininterrupto desfilar de milagres e graças que Nossa Senhora ali dispensa. O Papa Paulo II, tão logo soube do que havia sucedido, enviou dois prelados de confiança para averiguar o que se passara. Estes constataram a veracidade do que se dizia e testemunharam, diariamente, inúmeras curas, conversões, e prodígios realizados pela Mãe do Bom Conselho. Nos primeiros 110 dias após a chegada de Nossa Senhora, registraram-se 161 milagres. Conselho, correção, orientação: grandes favores Entre seus grandes devotos destacam- se os papas São Pio V, Leão XIII - que incluiu a invocação Mãe do Bom Conselho na Ladainha Lauretana - São Pio X, Paulo VI e João Paulo II; e numerosos santos como São Paulo da Cruz, São João Bosco, Santo Afonso de Ligório, Beato Orione. No próprio Santuário de Genazzano, pode-se venerar o corpo incorrupto do Beato Steffano Bellesini, um de seus párocos, grande propagador da devoção à Mãe do Bom Conselho. Também os Arautos do Evangelho são seus devotos. Têm eles muito a agradecer-Lhe, por favores e graças mais importantes do que a cura de doenças corporais. Os maiores milagres, Ela os opera na alma de cada um, aconselhando, corrigindo, orientando. Quem puder venerar o milagroso quadro da Mãe do Bom Conselho em Genazzano, comprovará pessoalmente o rio de graças que emana daquela celestial fisionomia e compreenderá por que quem lá esteve uma vez, sonha em retornar um dia àquele sublime convívio. O afresco de Nossa Senhora do Bom Conselho de Genazzano Na igreja da Madonna del Buon Consiglio, na pequena e bela cidade de Genazzano, encontra-se um afresco de mais de sete séculos de existência. Até hoje se desconhec e onde e por quem foi pintado. Terá sido seu autor um anjo? Será originário do Paraíso? São perguntas ousadas. Compreende-se que elas surjam, quando se conhece a história dos efeitos produzidos por essa piedosíssima imagem, ao longo dos tempos. O afresco causa a impressão de ter sido pintado há poucos dias, mesmo se observado de perto. Porém, está há 535 anos junto à parede de uma capela lateral da igreja. Mais ainda: segundo atestam os documentos, tem-se mantido suspenso no ar durante todo esse tempo! Foi ele transladado de Scútari, Albânia, a Genazzano por ação angélica. Assim descreve esses sobrenaturais acontecimentos um dos maiores entendidos na matéria: "Trazida por mãos angélicas, encontrou-se (a imagem) suspensa ali na rústica parede da nova igreja, e com três novos singularíssimos prodígios então acontecidos. (...) A celeste pintura estava sustentada por virtude divina a um dedo da parece, suspensa sem nala fixar-se; e este é um milagre tanto mais estupendo se considerarmos que a referida imagem está pintada com cores vivas em fina camada de reboco, com a qual se destacou por si mesma da igreja de Scútari, na Albânia; como ainda pelo fato, comprovado mediante experiência e observações feitas, de que, ao tocar-se na Santa Imagem, esta cede" (Frei Angelo Maria De Orgio, Istoriche de Maria Santissima del Buon Consiglio, nela Chiesa de'Padri Agostoniani di Genazzano, 1748, Roma, p. 20) No séc. XIX, renomado estudioso desse celestial fenômeno observou: "Todas essas maravilhas (da Santa Imagem) se resumem, enfim, no prodígio contínuo que consiste em encontrarmos hoje esta imagem no mesmo lugar e do mesmo modo como ela aí foi deixada pela nuvem no dia de sua aparição, na presença de todo um povo que teve então a felicidade de vê-la pela primeira vez. Ela pousou a uma pequena altura do chão, a uma distância de aproximadamente um dedo da parede nova e rústica da capela de São Brás, e ali ficou, suspensa sem nenhum suporte" (Raffaele Buonanno, Memorie Storiche della Immagine de Maria, SS. Del Buon Consiglio Che si venera in Genezzano, Tipografia dell'Immacolata, Napoles, 20 ed., 1880, p. 44). Na festa do batismo de Santo Agostinho e de São Marcos, padroeiro de Genazzano, em 25 de abril de 1467, por volta das quatro horas da tarde, uma celestial melodia começa a se fazer ouvir pelos mais variados recantos da cidade. Um grande número de pessoas, reunidas na praça do mercado, se põem a indagar maravilhadas de onde vem os sublimes e arrebatadores acordes. Eis que uma divina surpresa se passa ante os olhos de todos: em meio a raios de luz, uma pequena nuvem branca desce até uma parede da já mencionada igreja, cujos sinos começam a bimbalhar fortemente e por si só. Prodígio ainda maior: em uníssono, a totalidade dos sinos da cidade tocam com energia. Ao desfazerem-se lentamente os raios de luz e a nuvem, o belíssimo afresco que até hoje ali se encontra pôde ser contemplado pelo povo, e desde esse dia não cessou de derramar copiosas graças sensíveis, fazendo jus à preciosa invocação de Mãe do Bom Conselho. A notícia de tão extraordinário acontecimento se espalhou por toda a Itália, como um corisco. Dois dias mais tarde, inicia-se uma verdadeira avalanche de milagres: um possesso se livra dos demônios, uma paralítico caminha com naturalidade, uma cega recupera as vistas, um jovem empregado recém-falecido ressuscita.... Nos cento e dez primeiros dias, Maria do Bom Conselho distribui cento e sessenta e um milagres aos seus fiéis devotos. Peregrinos de todo o país se movem para receber os benefícios da Mãe de Deus. Diante do santo afresco, uma constante se verifica: a nenhum dos pedidos que lhe são dirigidos deixa Ela de atender de alguma forma. Nas dúvidas, nas perplexidades ou mesmo nas provações, depois de um certo tempo de oração - maior ou menor, dependendo de cada caso - Maria Santíssima faz sentir no fundo da alma em dificuldade seu sapiencial e maternal conselho, acompanhado de mudanças de fisionomia e de coloração da pintura. É indescritível esse especialíssimo fenômeno. Foi em Genazzano, aos pés do santo afresco da Mãe do Bom Conselho, que nasceram os Arautos do Evangelho. Ali, Ela os inspirou, orientou e fortaleceu. Por isso, a exemplo de tantos outros, os Arautos do Evangelho A consideram como sua padroeira. Ademais, por privilégio concedido pelo Santo Padre, João Paulo II, lucram no dia de sua festa, 26 de abril, uma indulgência plenária. Revista Arautos do Evangelho, Abril/2002, n. 4, p. 24-25 e Abril/2004, n. 28, p. 16 a 18) |
São 10 encontros ao longo dos quais se conhecerá melhor Maria, para amar plenamente a Jesus Cristo, e servi-lo.
ABERTURA : 07 de abril de 2010
Coroação de Nossa Senhora e Celebração Eucarística
Capela do Colégio Imaculada - 19:00 hs.
Programa para duas turmas:
I- Domingo
Local: Biotécnico - Pré-vestibular - 17:00 hs.
Praça Cel. Ribeiro, 97 - Centro
1º encontro : 11 de abril de 2010.
II- Quarta-feira
Local : Auditório da Minas Brasil - 19:30 hs.
Rua Padre Augusto, 183 - Centro
1º encontro : 14 de abril de 2010.
Os inscritos poderão escolher participar do Curso na quarta ou no domingo.